
Trabalho por Hospedagem: Como Fazer Voluntariado pelo Mundo
Viajar o mundo sem gastar fortunas e ainda viver experiências transformadoras pode parecer um sonho distante — mas para mim, se tornou realidade quando descobri o voluntariado como forma de viagem. Trocando algumas horas de trabalho por hospedagem e, muitas vezes, refeições, vivi momentos que dinheiro nenhum pagaria: amizades inesperadas, desafios que me tiraram da zona de conforto, e um novo olhar sobre o que significa “viajar”. Esta é a história de como comecei nessa jornada e por que ela continua sendo uma das formas mais ricas e autênticas de conhecer o mundo.
O que é voluntariado em viagem?
O voluntariado em viagem é uma forma de turismo colaborativo onde o viajante oferece sua ajuda em troca de estadia, alimentação ou experiências culturais. Diferente de um emprego formal, o foco aqui não é o lucro, mas a troca — de habilidades, culturas, vivências. Pode envolver desde ajudar em hostels, fazendas, ONGs ou projetos ambientais, até ensinar idiomas ou cuidar de animais. O mais bonito é que, mesmo sem salário, o retorno é imenso. Conhecer pessoas locais, viver a rotina do lugar e sentir-se parte de algo maior transforma qualquer viagem em algo muito mais profundo.
Por que decidi começar a trocar trabalho por hospedagem
No início, meu principal motivador era o orçamento. Queria continuar viajando, mas sabia que precisava encontrar formas de tornar isso sustentável. Foi então que comecei a pesquisar alternativas e me deparei com plataformas como a Worldpackers e a Workaway. A ideia de trocar trabalho por hospedagem parecia perfeita — e quanto mais eu lia, mais percebia que aquilo era muito mais do que economia: era uma chance de viver o destino, não só visitá-lo. Essa mudança de mentalidade foi o ponto de virada para o tipo de viajante que sou hoje.
O momento que me fez embarcar nessa jornada
Lembro nitidamente do dia em que percebi que precisava mudar a forma como viajava. Estava em um café em Cusco, no Peru, ouvindo dois mochileiros trocarem histórias sobre suas experiências em um eco-projeto na Bolívia. Falavam com brilho nos olhos, não só sobre os lugares, mas sobre as pessoas que conheceram, as habilidades que aprenderam e o impacto que causaram. Aquela conversa me marcou. Naquela mesma noite, no hostel, me inscrevi em uma plataforma de voluntariado. Foi ali que começou minha própria aventura — uma jornada que se revelou muito mais rica do que qualquer roteiro turístico.
Como Tudo Começou
Antes de me lançar no mundo das trocas de trabalho por hospedagem, eu era apenas mais uma mochileira tentando esticar o orçamento ao máximo. Dormia em dormitórios compartilhados, cozinhava miojo em cozinhas de hostel e economizava cada centavo — o que, aliás, não tem nada de errado. Mas lá no fundo, eu sentia que faltava algo. Viajar era maravilhoso, mas queria me envolver de verdade com os lugares por onde passava. Não apenas tirar fotos, mas fazer parte do cotidiano local, conhecer as histórias por trás das paisagens. Foi aí que tudo começou a mudar.
Meu primeiro contato com o voluntariado
A descoberta veio de forma quase aleatória. Estava pesquisando formas de viajar barato e encontrei um artigo que falava sobre plataformas de voluntariado como Worldpackers, Workaway e HelpX. Fiquei curiosa: seria mesmo possível viajar o mundo trabalhando algumas horas por dia em troca de hospedagem? Comecei a mergulhar nesse universo e percebi que havia centenas de oportunidades — desde ajudar em hostels na Europa até participar de projetos ambientais na Ásia. Li depoimentos de outros viajantes e senti uma chama acender dentro de mim. Aquilo era exatamente o que eu procurava.
Escolhendo a primeira experiência
Com o coração acelerado e uma vontade imensa de viver algo novo, criei meu perfil na plataforma. Escolhi com cuidado: queria um lugar que me acolhesse como iniciante, com uma estrutura mínima e, claro, boas avaliações. Depois de muita pesquisa, encontrei um hostel em Valparaíso, no Chile, que parecia ideal. As tarefas envolviam recepção, organização de eventos e algumas horas de limpeza — nada muito pesado. O anfitrião foi super receptivo desde o início e, em poucos dias, lá estava eu com a passagem comprada e uma dose considerável de frio na barriga.
Medos, expectativas e preparação
Como toda primeira vez, a ansiedade bateu forte. Será que eu ia dar conta? E se não me adaptasse? E se fosse uma furada? Ao mesmo tempo, a expectativa era enorme. A ideia de viver algo completamente novo, conhecer pessoas do mundo todo e aprender na prática me empolgava demais. Preparei minha mochila com cuidado, revisei as regras da plataforma, baixei mapas offline, aprendi algumas palavras em espanhol (além do básico de sobrevivência) e parti. Mal sabia eu que aquela decisão abriria as portas para uma nova forma de viajar — mais leve, conectada e cheia de sentido.
Minhas Experiências Inesquecíveis
Cada lugar onde fui voluntária deixou uma marca em mim. Foram vivências únicas, cheias de aprendizados, desafios e momentos inesquecíveis. A seguir, compartilho algumas das experiências mais marcantes que tive trocando trabalho por hospedagem, começando por onde tudo começou: o Chile.
Trabalhando em um Hostel no Chile
Valparaíso foi meu primeiro destino como voluntária e, honestamente, não poderia ter escolhido lugar melhor para iniciar essa jornada. A cidade tem uma energia única — colorida, artística, um pouco caótica e extremamente viva. Desde os primeiros passos nas ruas grafitadas e ladeiras íngremes, senti que aquele era um lugar onde coisas boas aconteceriam.
O hostel onde fiquei era pequeno e aconchegante, gerido por um casal jovem que já tinha viajado bastante e entendia bem o espírito mochileiro. Minha rotina era simples: ajudava na recepção algumas horas por dia, organizava as áreas comuns e, em alguns dias, preparava café da manhã ou ajudava na arrumação dos quartos. Em troca, ganhava uma cama confortável, café da manhã reforçado, uso da cozinha e — o mais importante — um lar temporário em meio a uma cidade vibrante.
Mas o que mais me marcou ali foram as conexões. Em pouco tempo, eu já estava dividindo risadas com hóspedes da Alemanha, Argentina, França e até da Mongólia. Começamos a organizar noites de empanadas, sessões de filmes no terraço e caminhadas até os mirantes menos turísticos da cidade. Me tornei quase uma guia local, indicando restaurantes baratos, murais escondidos e escadas coloridas que só quem vive o dia a dia ali conhece.
Claro que houve desafios. Lidar com hóspedes bêbados às 3h da manhã ou limpar banheiros depois de festas não era exatamente glamouroso. Mas essas situações me ensinaram muito sobre paciência, trabalho em equipe e até sobre como manter o bom humor mesmo quando a vontade é apenas dormir. E, mais do que tudo, me mostraram que viver viajando pode ser cansativo, sim, mas também profundamente gratificante.
Valparaíso foi o começo de uma transformação. Foi onde entendi que viajar não precisava ser uma fuga, mas sim uma forma de conexão — com lugares, culturas e, principalmente, comigo mesma.
Projeto Sustentável na Tailândia
Depois da minha primeira experiência no Chile, eu sabia que queria algo diferente — algo que me tirasse ainda mais da zona de conforto. Foi assim que acabei em uma pequena vila no norte da Tailândia, participando de um projeto de permacultura e vida sustentável. Era um lugar remoto, longe de qualquer centro urbano, cercado por montanhas verdes e arrozais, onde o tempo parecia correr em outro ritmo.
Chegar lá já foi uma aventura: uma viagem de ônibus noturno, seguida por uma carona em uma caminhonete e, finalmente, uma caminhada morro acima com a mochila nas costas. Quando finalmente avistei o terreno do projeto, com suas cabanas de bambu, hortas e lagos artificiais, tive certeza de que estava exatamente onde precisava estar.
O trabalho era braçal, mas surpreendentemente terapêutico. Aprendi a preparar compostagem, plantar hortaliças, construir paredes com barro e cuidar do galinheiro. Tudo em um clima de colaboração, com voluntários de várias partes do mundo e anfitriões locais que compartilhavam saberes ancestrais com um carinho raro de se ver. Ninguém ali estava correndo. Cada tarefa era feita com atenção, quase como um ritual.
Uma das experiências mais marcantes foi participar da colheita do arroz. Passamos o dia no campo, com os pés afundados na lama, rindo entre uma estocada e outra da foice, enquanto o sol escaldava. No fim do dia, exaustos, nos reunimos ao redor da fogueira para jantar o que havíamos colhido, acompanhados de música tailandesa tocada em instrumentos feitos à mão. Nunca comi algo tão simples e, ao mesmo tempo, tão cheio de significado.
Foi ali que comecei a repensar muita coisa: o ritmo acelerado das cidades, o consumo excessivo, a desconexão com a terra. Voltei com as mãos calejadas, o corpo cansado — mas o coração cheio de calma. Entendi que viver com menos não é sinônimo de ter pouco, e que o tempo dedicado a algo com propósito vale infinitamente mais do que qualquer selfie com paisagem bonita.
Essa experiência na Tailândia me ensinou a valorizar o silêncio, o trabalho manual e a importância de desacelerar. E, principalmente, me mostrou que o mundo pode ser transformado a partir de pequenas ações — desde que feitas com intenção.
Aulas de Inglês nas Filipinas
Se tem um lugar que me surpreendeu em todos os sentidos, foi a pequena ilha onde morei nas Filipinas enquanto dava aulas de inglês para crianças da comunidade. Eu não sou professora de formação, nem tinha experiência anterior com ensino formal, mas o projeto deixava claro: o mais importante era a disposição para compartilhar o que se sabe com empatia e paciência. Eu tinha isso — e um monte de nervosismo também.
Cheguei à ilha de barco, com a mochila nas costas e o coração apertado. A escola era simples, com paredes de madeira, lousas gastas e muitos sorrisos. As crianças, tímidas no começo, foram logo se soltando. Bastou a primeira música em inglês que levei — uma versão adaptada de “If You’re Happy and You Know It” — para que os olhinhos começassem a brilhar e as palmas animadas tomassem conta da sala.
Minhas aulas eram improvisadas, recheadas de desenhos, mímicas, histórias e jogos. E, aos poucos, fui descobrindo que ensinar também é uma forma de aprender. Aprendi a me comunicar com o olhar, a linguagem corporal e até com o silêncio. Aprendi que o conteúdo importa, mas a forma como você se conecta com o outro é o que realmente faz a diferença.
O impacto que essa experiência teve em mim foi profundo. Lembro de uma aluna, a Joy, que me abraçava todo dia antes de ir embora e sempre dizia “See you tomorrow, Ate” (irmã mais velha, em tagalo). Era simples, mas carregava uma doçura que me desmontava. Com tão pouco, ela me dava tanto.
Morar naquela comunidade também me mostrou o valor da coletividade. As famílias dividiam o pouco que tinham com uma generosidade desarmante. Comi arroz e peixe seco quase todos os dias, mas sempre com uma sensação de fartura — de comida, de afeto, de cuidado. Nos finais de semana, participávamos de mutirões de limpeza, festas locais e partidas de vôlei na praia ao pôr do sol.
Foi lá que entendi que o voluntariado, mais do que ensinar, é estar disposto a escutar, a observar e a respeitar o outro. E que, às vezes, basta estar presente de verdade para transformar o dia (ou a vida) de alguém — inclusive a nossa.
Cuidando de Animais em Portugal
Depois de experiências intensas na Ásia, senti vontade de algo mais tranquilo, quase terapêutico. Foi assim que aceitei uma vaga em uma pequena quinta no interior de Portugal, perto da Serra da Estrela, para ajudar no cuidado de animais resgatados. Cavalos, ovelhas, cães e gatos viviam ali em um espaço acolhedor, onde cada um tinha uma história — e, na maioria das vezes, um passado difícil.
A rotina era bem diferente das experiências anteriores. Meu dia começava cedo, com a troca da água, alimentação dos animais e limpeza dos espaços. Nada glamouroso. Mas havia algo de profundamente pacífico na repetição dessas tarefas. Os cavalos se aproximavam com calma, os cães latiam de alegria ao me ver, e os gatos — bom, os gatos continuavam sendo gatos: indiferentes, mas adoráveis.
Passei a criar vínculos com cada um deles. Havia uma égua chamada Lua, que chegou traumatizada e só aceitava ser tocada por uma das cuidadoras. Com o tempo, fui me aproximando aos poucos, sempre com muito respeito e paciência. Até que um dia, sem aviso, ela encostou o focinho na minha mão. Foi um gesto pequeno, mas que me emocionou profundamente. Ali percebi o quanto o amor e o cuidado silencioso têm poder de cura — para os animais e para nós também.
Além do trabalho com os bichos, ajudava na horta e em pequenas reformas do abrigo. Nos fins de tarde, sentávamo-nos todos juntos — anfitriões, voluntários e vizinhos — para tomar um café, comer um pedaço de broa caseira e conversar sobre a vida. A simplicidade daqueles momentos me fazia sentir uma paz difícil de encontrar em qualquer outro lugar.
Portugal me ensinou a desacelerar. Me lembrou que, às vezes, tudo o que a gente precisa é de ar puro, silêncio e uma rotina com propósito. E que cuidar de seres vivos — humanos ou não — é uma das formas mais puras de conexão que podemos experimentar em viagem.
O Que o Voluntariado Me Ensinou
Cada experiência de voluntariado me transformou de um jeito diferente. No início, eu achava que estava apenas “economizando” na viagem — trocando trabalho por hospedagem, fazendo meu dinheiro render. Mas, com o tempo, percebi que a verdadeira troca era muito mais ampla: eu oferecia algumas horas do meu dia, e em troca recebia vivências que moldaram quem sou hoje.
Empatia, escuta e adaptação
Trabalhar com pessoas de culturas, idades e estilos de vida tão distintos me ensinou a ouvir mais, julgar menos e estar aberta ao novo. Aprendi a me adaptar rapidamente a diferentes rotinas, regras, climas e desafios. Nem sempre tudo foi fácil — houve dias de cansaço, saudade, pequenos atritos — mas foi justamente nesses momentos que cresci. A vida fora da zona de conforto tem um poder incrível de nos mostrar do que realmente somos feitos.
Desapego e simplicidade
Viver com o mínimo me ensinou o valor do essencial. Quando você viaja de mochila nas costas e precisa escolher o que realmente vale a pena carregar, descobre o quanto acumulamos coisas — e preocupações — desnecessárias. Nos lugares por onde passei, encontrei pessoas vivendo com pouco, mas cheias de alegria, de tempo e de presença. Essa simplicidade me tocou profundamente e me fez repensar minhas prioridades.
Autoconhecimento na prática
Estar em ambientes desconhecidos, longe das referências habituais, é como se olhar no espelho com mais nitidez. Descobri lados meus que eu nem sabia que existiam: força física, criatividade, paciência, liderança, flexibilidade. Ao mesmo tempo, me deparei com inseguranças e limites que nunca havia testado. O voluntariado é, acima de tudo, uma jornada interna — uma forma de se encontrar através do outro.
Conexões que atravessam fronteiras
Talvez o maior presente dessas experiências tenha sido as pessoas. Os laços que criei com anfitriões, outros voluntários, moradores locais e até com os animais continuam comigo. Compartilhamos refeições, conversas profundas, silêncios confortáveis. Rimos juntos, nos ajudamos, dividimos mapas, dicas e sonhos. Em um mundo tão acelerado e, às vezes, solitário, o voluntariado me mostrou que ainda existe espaço para conexões genuínas — basta estar aberto para elas.
Dicas para Quem Quer Começar
Se você chegou até aqui e sentiu um friozinho na barriga pensando em viver algo parecido, posso dizer com toda certeza: vale a pena. O voluntariado é uma das formas mais ricas e humanas de viajar. Mas, como tudo na estrada, ele exige preparação, responsabilidade e mente aberta. Aqui vão algumas dicas sinceras de quem já viveu isso na prática.
Escolha bem a plataforma
Existem várias plataformas confiáveis para encontrar vagas de voluntariado: Worldpackers, Workaway, HelpX e outras. Pesquise, compare os benefícios, leia as avaliações com atenção e veja qual se encaixa melhor no seu estilo. Algumas têm mensalidades ou planos anuais, então vale pesar o custo-benefício com base no tempo que você pretende ficar na estrada.
Leia as descrições com atenção
Antes de se aplicar para uma vaga, leia todos os detalhes: número de horas de trabalho, dias de folga, tipo de tarefa, acomodações oferecidas, refeições incluídas. Nem toda vaga é ideal para todo mundo. O segredo é escolher algo que combine com você e esteja dentro do que você está disposto(a) a oferecer. Fuja de anúncios vagos ou que prometem demais.
Tenha um plano B
Nem toda experiência é perfeita. Já ouvi histórias de voluntários que chegaram em lugares que não eram como o combinado. Por isso, sempre tenha uma reserva financeira e uma ideia de onde ir caso precise sair antes. Ter autonomia é essencial para sua segurança e bem-estar.
Comunique-se com clareza
Antes de fechar com o anfitrião, tire todas as dúvidas. Pergunte sobre rotina, espaço de convivência, regras da casa, acesso à internet, comida… quanto mais claro for o diálogo, menores as chances de frustração depois. E durante a experiência, mantenha sempre uma comunicação aberta e respeitosa.
Vá com disposição, não com expectativas
Leve sua curiosidade, sua vontade de aprender e sua capacidade de se adaptar. Nem sempre as tarefas serão divertidas, mas sempre haverá algo para tirar dali — nem que seja uma lição de resiliência. Quanto menos expectativas você carregar, mais espaço terá para se surpreender.
Documente sua jornada
Escreva, tire fotos, grave vídeos, mantenha um diário. Essas experiências são intensas e transformadoras, e guardar essas memórias vai te ajudar a processar tudo depois — além de inspirar outras pessoas (como você está fazendo agora, lendo este texto!).
Aproveite o que vai além do trabalho
O voluntariado é o portal, não o destino final. Use o tempo livre para explorar a região, conversar com os moradores, aprender a língua local, provar comidas diferentes, observar os detalhes do cotidiano. É aí que mora a verdadeira riqueza de uma viagem: no que não cabe nos roteiros turísticos.
Viajar trocando trabalho por hospedagem é mais do que uma forma de economizar: é um estilo de vida. Uma escolha por experiências com propósito, por encontros reais, por um mundo onde a troca vale mais que o consumo. Se você decidir embarcar nessa jornada, vá de coração aberto. O mundo está cheio de portas esperando para serem abertas — às vezes, tudo o que falta é você bater.
Conclusão: Muito Além de uma Viagem
Quando decidi trocar trabalho por hospedagem, achei que estava apenas buscando uma forma alternativa de conhecer o mundo. Mas o que encontrei foi muito maior: encontrei histórias que me transformaram, pessoas que me ensinaram, e versões de mim mesma que eu nem sabia que existiam.
O voluntariado me fez ver que não é preciso muito para viver intensamente. Uma cama simples, comida compartilhada, um gesto de acolhimento, uma conversa em volta da fogueira — esses foram os verdadeiros tesouros da minha jornada. Mais do que carimbos no passaporte, trouxe na bagagem lições de humanidade, empatia e conexão.
Cada lugar por onde passei me mostrou um pedaço do mundo — e também um pedaço de mim. Descobri que há beleza no improviso, força na vulnerabilidade e sentido em estar presente de verdade, mesmo longe de casa.
Se você está pensando em viver essa experiência, vá. Mas vá com entrega. Com humildade. Com olhos atentos e ouvidos abertos. O mundo é generoso com quem se dispõe a caminhar com leveza e a contribuir com o que tem.
Porque, no fim das contas, voluntariar é isso: uma troca honesta entre quem somos e o que o mundo pode ser.
E posso te garantir: essa troca vale cada segundo.
E você, já viveu algo assim? Me conta!
Se esse artigo despertou a sua curiosidade ou te lembrou de alguma experiência parecida, eu adoraria saber! Deixe aqui nos comentários suas dúvidas, ideias ou histórias de voluntariado — esse espaço é para troca, e a sua vivência também pode inspirar outros viajantes. Se quiser continuar acompanhando relatos sinceros, dicas práticas e aventuras reais mundo afora, me siga nas redes sociais e não esquece de assinar o blog para receber os próximos posts direto no seu e-mail.
🌍✨ Vamos seguir explorando esse mundo incrível — juntos!

Carol Medeiros
Sou redatora especializada em viagens econômicas, com formação em Marketing. Meu objetivo é ajudar viajantes a explorar destinos incríveis sem ultrapassar o orçamento, oferecendo dicas práticas e inteligentes. Acredito que viajar bem não precisa ser caro, só inteligente. Aqui no blog compartilho minhas experiências e estratégias para planejar viagens acessíveis e inesquecíveis, ajudando você a aproveitar ao máximo cada destino sem comprometer suas finanças.
Você pode gostar

Checklist Econômico e Seguro em Qualquer Viagem
19/04/2025
Nordeste Encantador: 10 Dias em Praias Incríveis e Econômicas
08/04/2025